3 tipos de capim para engorda de qualidade do gado

A alimentação é fundamental para o sucesso da pecuária. Por isso, a dieta dos bovinos deve ser rica em fibras e proteínas para que o ciclo produtivo seja eficaz.

Um gado com ótima alimentação garante uma carne de maior qualidade para o mercado consumidor.

Pensando nisso, preparamos este artigo com os 3 tipos de capim para engorda de qualidade do gado para ajudar pecuaristas a fazer a melhor escolha.

Continue a leitura e saiba mais sobre o assunto.

Por que é importante ter um pasto de qualidade?

Cerca de 95% da carne bovina brasileira vem do pasto . Em termos econômicos, esse número garante ao agronegócio brasileiro uma alta competitividade no mercado internacional.

Assim, ter um pasto de qualidade é importante para o pecuarista e para o consumidor final cada vez mais exigente.

Mas o que garante um pasto de qualidade é a escolha correta do capim, que traz eficiência ao sistema.

Dentre as principais espécies de capim utilizadas como pasto no Brasil, temos:

● Capim-mombaça: preferido dos bovinos a altamente produtivo. Entretanto, possui alto custo e necessita de solo fértil;
● Brachiara decumbens: muito utilizado no Cerrado e em solos com alta acidez. É resistente ao pisoteio intenso e ao pastejo.

Entretanto, há diversas outras espécies de gramíneas que podem ser utilizadas no pasto, trazendo nutrientes para o gado.

A seguir veja os 3 tipos ideais para uma engorda de qualidade.

3 tipos de capim para engorda de qualidade do gado

Para entender melhor quais são os 3 tipos de capim para engorda, é importante saber que há três grupos com particularidades botânicas e de produtividades. São eles: Braquiárias, Coloniões e Tiftons.

Dentro do grupo das Braquiárias temos o Capim Marandu e a BRS Piatã.

Nos Coloniões temos: BRS Zuri.

Os Tiftons possuem capins com alta produtividade e resistentes à temperaturas quentes e geadas. Além disso, se adaptam a solos argilosos, arenosos e mistos.

Entretanto, selecionamos 3 capins pertencentes aos grupos das Braquiárias e Coloniões por apresentarem mais vantagens a engorda do gado. Confira a seguir.

1- Brachiaria brizantha cv. Marandu

A cultivar brizantha cv. Marandu é uma das mais conhecidas e utilizadas no Brasil. Ela foi introduzida ao mercado nacional em 1984 e possui como principais características a alta resistência a cigarrinhas-das-pastagens, ao frio, ao fogo e à seca.

É uma das cultivares mais adaptáveis e fortes utilizadas no Brasil.

A partir do uso dessa cultivar, é possível utilizar técnicas de pastejo direto ou de silagem. Também se considera que a brizantha possui boa capacidade de rebrota, diminuindo o trabalho de manutenção do pasto. Além da economia com novas sementes.

A cultivar também é aceita por bubalinos, ovinos e caprinos. Rende, aproximadamente, 8 toneladas por ano, em média, de matéria seca por hectare no ano.

Possui aproximadamente 10% de proteínas e 50% de digestibilidade, os dados anteriores podem variar conforme a qualidade do seu solo.

O indicado, normalmente, é que sejam Recomendados KG/HA conforme o Padrão da Semente !

2- BRS Piatã

A cultivar BRS Piatã é uma planta desenvolvida pela Empresa de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Foi coletada originalmente pelo Centro Internacional de Agricultura entre 1984 e 1985, na África.

Em 2006 a Embrapa avaliou e lançou a cultivar com o nome Piatã, de origem tupi-guarani. O nome significa fortaleza, pois essa cultivar possui características de alta robustez e produtividade.

O capim-piatã é utilizado em solos de média e alta fertilidade das zonas tropicais do Brasil. Entre as suas principais características, temos:

     Floração mais precoce nos meses de janeiro e fevereiro, o que permite a recuperação das plantas e produção de folhagem de alta qualidade no período das chuvas;

     Colmos mais finos, favorecendo o consumo da forragem disponível para a seca;

     É mais resistente às cigarrinhas;

     Possui mais resistência aos solos com má drenagem.

Além disso, a BRS Piatã é uma ótima alternativa para integrar lavoura-pecuária por ter um crescimento mais lento que os outros capins, como o Marandu.

A BRS Piatã é ideal para as regiões de clima tropical e tropical úmido. A região sul, norte, centro-oeste e sudeste são ideais para receber esse tipo de capim.

Anualmente, produz de 150 a 450 kg de sementes por hectare.

Quanto à engorda, apresenta maior ganho de peso para o gado do que as outras braquiárias.

Dentre as principais vantagens dessa cultivar temos sua ótima digestibilidade e qualidade. Indicada, principalmente para o pastejo rotacionado.

Quanto ao valor protéico, a planta possui entre 8 e 11%, além de ter colmos finos, facilitando a alimentação dos animais.

3- BRS Zuri

A BRS Zuri é uma cultivar coletada na Tanzânia, África. A colega aconteceu em 1969 pelo Institu Recherche pour le Développment (IRD) em parceria com a Embrapa.

O nome escolhido, "Zuri", significa "bonito" na língua falada no Quênia.

A cultivar foi selecionada a partir da sua produtividade, capacidade de suporte, vigor, resistência às pragas como cigarrinhas-das-pastagens e manchas foliares. Além disso, o desempenho em alimentar o gado também foi levado em consideração.

Possui porte ereto e alto, folhas verdes escuras, longas e arqueadas. É ideal para solos de média a alta fertilidade e se desenvolve bem na Amazônia e no Cerrado.

Entre as principais vantagens de adotar esse capim na alimentação do gado, temos: alto valor nutritivo para os animais e elevada produtividade. O teor de proteína equivale entre 10 a 15% de uma produção média de capim.

São necessárias de 200 a 260 sementes por metro quadrado para obter uma boa formação. Além disso, deve ser manejada no sistema de pastejo rotacionado.

Neste artigo você aprendeu a importância da escolha do capim de qualidade para o gado e quais os três principais tipos de cultivares importantes para os ganhos nutricionais. Agora, não perca tempo e aplique as principais dicas no pastejo e obtenha altos ganhos produtivos.

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